sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

BP diz que termos do acordo de compensação pelo vazamento são generosos demais.

The New York Times
John Schwartz



Nos oito meses desde que Kenneth R. Feinberg assumiu o fundo de US$ 20 bilhões (em torno de R$ 32 bilhões) para compensar as vítimas do vazamento de petróleo do Golfo do México, ele foi atacado por muitos dos querelantes e dos políticos da costa que argumentam que o processo é opaco, arbitrário e lento. Muitos argumentaram que as estimativas de Feinberg dos danos futuros para as pessoas que moram no Golfo são otimistas demais, e assim sua oferta de compensação em um acordo final são baixas demais.

Agora ele está recebendo reclamações de outra parte: da BP.

A gigante de petróleo está argumentando que os acordos propostos por Feinberg são generosos demais. A companhia insiste que os pagamentos excedem em muito a extensão dos danos futuros prováveis porque exageram o potencial de perdas futuras, em um documento de 25 páginas de palavras duras que foi divulgado no site do fundo na quinta-feira (17/2) pela manhã.

Baseando suas estimativas em grande parte nos dados usados por Feinberg, a empresa concluiu que não havia “base para adotar um fator de perda futura artificialmente alto, baseado puramente em um grau inerente de incerteza na previsão do futuro e na mera possibilidade que males futuros possam ocorrer”.

Feinberg divulgou as regras que governarão os acordos finais neste mês. O programa anunciou que, em geral, as compensações pagas pelo fundo serão o dobro das perdas de 2010 para a maior parte dos querelantes, menos qualquer desembolso já feito pelo fundo.

Esse plano se baseia em estimativas de recuperação econômica e ambiental para a região comissionadas por Feinberg e publicadas com as novas regras: apesar de afirmar que a “previsão não é uma ciência exata”, o fundo sugeria a recuperação do Golfo até o final de 2012.

A BP argumenta em sua queixa que as estimativas de Feinberg exageram muito os danos prováveis, que a empresa estima na faixa de apenas 25 a 50% das perdas de 2010. A empresa observou que quase todas as fazendas de pesca foram reabertas e a recuperação econômica do turismo está bem adiantada, com a receita de hotéis e dos impostos sobre vendas no outono de 2010 similares aos do mesmo período no ano anterior. (...)


Leia mais: 
http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/nytimes/2011/02/18/bp-diz-que-termos-do-acordo-de-compensacao-pelo-vazamento-sao-generosos-demais.jhtm




Membros do Greenpeace protestam em Bruxelas contra o derramamento de petróleo no Golfo do México.

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