Nos oito meses desde que Kenneth R. Feinberg assumiu o fundo de US$ 20 bilhões (em torno de R$ 32 bilhões) para compensar as vítimas do vazamento de petróleo do Golfo do México, ele foi atacado por muitos dos querelantes e dos políticos da costa que argumentam que o processo é opaco, arbitrário e lento. Muitos argumentaram que as estimativas de Feinberg dos danos futuros para as pessoas que moram no Golfo são otimistas demais, e assim sua oferta de compensação em um acordo final são baixas demais.
Agora ele está recebendo reclamações de outra parte: da BP.
A gigante de petróleo está argumentando que os acordos propostos por Feinberg são generosos demais. A companhia insiste que os pagamentos excedem em muito a extensão dos danos futuros prováveis porque exageram o potencial de perdas futuras, em um documento de 25 páginas de palavras duras que foi divulgado no site do fundo na quinta-feira (17/2) pela manhã.
Baseando suas estimativas em grande parte nos dados usados por Feinberg, a empresa concluiu que não havia “base para adotar um fator de perda futura artificialmente alto, baseado puramente em um grau inerente de incerteza na previsão do futuro e na mera possibilidade que males futuros possam ocorrer”.
Feinberg divulgou as regras que governarão os acordos finais neste mês. O programa anunciou que, em geral, as compensações pagas pelo fundo serão o dobro das perdas de 2010 para a maior parte dos querelantes, menos qualquer desembolso já feito pelo fundo.
Esse plano se baseia em estimativas de recuperação econômica e ambiental para a região comissionadas por Feinberg e publicadas com as novas regras: apesar de afirmar que a “previsão não é uma ciência exata”, o fundo sugeria a recuperação do Golfo até o final de 2012.
A BP argumenta em sua queixa que as estimativas de Feinberg exageram muito os danos prováveis, que a empresa estima na faixa de apenas 25 a 50% das perdas de 2010. A empresa observou que quase todas as fazendas de pesca foram reabertas e a recuperação econômica do turismo está bem adiantada, com a receita de hotéis e dos impostos sobre vendas no outono de 2010 similares aos do mesmo período no ano anterior. (...)
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http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/nytimes/2011/02/18/bp-diz-que-termos-do-acordo-de-compensacao-pelo-vazamento-sao-generosos-demais.jhtmMembros do Greenpeace protestam em Bruxelas contra o derramamento de petróleo no Golfo do México.
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